SEGURANÇA

Motoristas de app mudam rotina para preservar a saúde na pandemia

Por Agência 99 06/05/2021 - 13:39

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Novo cenário exigiu investimento e mobilização das empresas que gerenciam os apps
Novo cenário exigiu investimento e mobilização das empresas que gerenciam os apps

Diminuição no número de pessoas transportadas por viagem, instalação de escudos protetores de acrílico para isolar o banco da frente, adoção do álcool em gel como item de segurança sanitária, menos contato com os passageiros, uso obrigatório de máscara e cuidado redobrado com a higiene. As mudanças na rotina do motorista de aplicativo Rochester de Oliveira Marques, de 45 anos, de Brasília (DF), retratam o quanto a pandemia mexeu com os hábitos dos condutores e passageiros de um ano para cá.

O novo cenário exigiu investimento e mobilização das empresas que gerenciam os apps, como a criação e implantação de protocolos de segurança e de higiene. Para complementar a rotina de cuidados diários, motoristas parceiros acrescentam outros recursos para garantir o deslocamento seguro de milhões de usuários, mesmo nos piores momentos da doença. A eficiência das ações tem forte ligação com o senso de comunidade tanto por parte dos passageiros quanto dos parceiros.

"Logo após a instalação da placa de acrílico, confesso que me senti um pouco sufocado. Mas agora estou mais acostumado. Graças a Deus, não fui contaminado. Não se trata de ter medo ou não da doença, mas sim de cuidar da segurança minha e dos passageiros. Além disso, tenho minha esposa e meus filhos em casa e me preocupo com eles", diz Marques, que atua como motorista parceiro há um ano e oito meses

Números

O depoimento de Marques dá uma dimensão de como o transporte por aplicativo sentiu os efeitos do coronavírus. Além de motoristas parceiros e clientes habituais adotarem novos hábitos, houve uma migração de passageiros do transporte público para os apps. Muitos fizeram a opção até mesmo para evitar possíveis aglomerações em ônibus, trens e metrôs.

A pesquisa realizada pela 99 comprova esta mudança de hábito. No período do levantamento, em 2020, o serviço registrou crescimento de 54% nas periferias brasileiras. Foram ouvidas 2.612 pessoas de bairros periféricos do Rio de Janeiro, Manaus, Salvador e São Paulo. Para 40% dos entrevistados, optar pelas viagens de carro por aplicativo foi a saída para evitar o contato com a Covid-19.Com a transformação constatada durante esta fase, mesmo os grandes investimentos dependem de um ponto fundamental para o sucesso das iniciativas de combate ao coronavírus: respeito entre passageiros e motoristas parceiros. Afinal, o momento exige uma mudança de comportamento para colocar em prática as medidas necessárias para preservar a saúde.

Dessa forma, é responsabilidade de todos a garantia de uma viagem segura. Por isso, o monitoramento e o respeito às medidas de segurança também envolvem os passageiros. "Fico atenta se o motorista está usando máscara. Além disso, sempre converso com eles sobre a importância do autocuidado. Até porque o condutor não deve colocar nem ele nem o passageiro em risco", destaca a analista de atendimento Aline Oliveira, de 35 anos.Assim como Aline, a personal trainer Thaisa Suemi Nacamoto, de 32 anos, também adota as medidas necessárias. Devido à Covid-19, ela deixou de pagar as corridas com dinheiro, optando pelo cartão, e adquiriu novos hábitos. "Só entro no carro se o motorista estiver com máscara. Abro todas as janelas. Além disso, eu observo se o condutor tem álcool. Caso ele abaixe a máscara ou ignore os cuidados necessários, dou nota baixa", afirma.


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